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terça-feira, julho 19

Ela, que pinta os próprios dedos com precisão exata, retratando-se em uma tela assim como realmente era: vazia. Cáustico momento em que deixa somente o corpo a mostra, e difunde-se em num paralelo aonde os limites são a sua própria mente. Ele, que recolhe as garrafas de gim espalhadas pelo quarto, observa-a sem ao menos olhar. A conhece tão bem quanto a si mesmo; sabe exatamente para onde ela foi. Um auto-falante solitário conversa com a própria voz, palavras nadando através de ouvidos que não estão mais ali. Abandonado. Não, meu amor, não há nada de errado com o que você vai pagar por. Conte-me o verdadeiro significado de suas palavras vazias, admita que eu não estou errado; você sabe que é exatamente assim que deve ser. O Sol, que chove sobre minha cabeça, hoje é impedido por suas mãos que me prendem ao escuro, ao solitário, ao vazio; á você. Não, meu amor, eu não acredito em você. Oh, Mona Lisa: A mais nova governante da cidade. Quanto mais se faz, mais se ganha. E mais se tem a pagar. Não que não queira juntar-se a mim, somente não tem mais nada a me vender. E como sempre, é um prazer te satisfazer, afinal, tudo que é sólido – como nós – desmancha no ar. E não, meu amor, não há nada de errado com você. Oh, Mona Lisa: Quem foi que cometeu crime tão grave de tirar-lhe o que tinha de mais valioso?