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segunda-feira, abril 26

Derrepente 20 ô-O




20 anos “enfim”. Digo enfim porque um dia quis que o tempo passasse rápido. Bobagem! Crescer foi a pior coisa que me aconteceu, porque eu vi que não existiam contos de fada, e que eu nunca poderia ser a princesa que me entregaria ao príncipe “encantado” pra sempre. Mas tudo bem, não estou à espera de nenhum príncipe, mesmo porque não sou uma princesa.
Mas então, nesse meu vigésimo aniversário, eu me sinto bem… tranquila. Não me sinto nem mais velha como eu tinha medo… e o ano não passou mais rápido do que todos os outros. Só me vejo diferente, alguém que eu já mais imaginei que seria, de um jeito que eu jamais imaginei que estaria. O tempo passa, é verdade, mas as coisas só mudam se você deixar. Os outros querendo ou não, a vida é sua e quem manda nela é você. Não adianta ter medo do futuro, ele chega, é só aprender a lidar com ele. e fazer aniversário é contar, os minutos, as horas os dias meses e anos,e muito mais que tudo isso, Fazer aniversário é saber que só se nasce uma vez e que por isso a oportunidade de viver é única e isso torna o valor da vida sem valor, porque fazer aniversário é viver sem preço, mas viver feliz.. Então ta ai uma pequena lista das coisas que aprendi durante todo esse tempo.

- Faça alguma coisa que goste. Caso contrário, acordar e ir para o trabalho será o seu maior sacrifício. Não tenha medo de mudar, de sonhar com alguma coisa melhor e lutar por ela. As vezes vc se sentirá fraco, mas o segredo é não desistir.
-Nunca pense que vc não merece o que acontece de bom ou de ruim pra vc. E só vc pode escolher entre se tornar amargo, ou se tornar melhor.
-Lembre-se que oportunidades e palavras ditas nunca voltam. Então, aproveite as oportunidades e aprenda a medir as palavras. Saiba que dar conselhos é fácil, o difícil é enxergar o outro como se vê a si mesmo. (E mais difícil ainda conhecer a si mesmo). -E para as feridas da alma, chore o quanto puder. Chore mesmo, pra poder se libertar o quanto antes. Calmantes, antidepressivos, telefonemas de madrugada podem funcionar temporariamente, mas o único remédio é o tempo.
-Não acredite tanto no destino, ele sempre cai ao vão. Mas acredite em você. Acredite que você pode ser o que quiser. Aprenda a ter paciência, as coisas nunca acontecem de uma hora pra outra, tudo exige luta, esforço... e mais uma vez, tempo!
-Lembre-se sempre que amigos são tipo anjos… e os verdadeiros estão aí para oferecer a “asa” qdo a sua está quebrada.
-Não se esqueça que em tudo o que vc fizer, sempre haverá um infeliz torcendo contra. Nesse caso, mande ele se fuder, e não perca nunca o foco. -“O amor é melhor pra quem ama”, ouvi essa frase de um amigo, e é verdadeira. Esteja sempre apaixonado, por qualquer coisa. Na verdade, se apaixone pelas suas metas. É bem melhor do que se apaixonar por coisas ou pessoas. Acho que ainda não aprendi isso... mas faça o que eu digo!
- Acredite na sua sorte, mas também não deixe de acreditar que existe azar. A vida tem 50% de cada. Ainda não consigo acreditar no “segredo” de que pensamento positivo atrai apenas coisas positivas. Mas estou tentando, afinal, pensar positivo ou negativo dá o mesmo trabalho. Mas as vezes os resultados são bem diferentes.
- Não perca contatos com amigos que valem a pena. Nem mantenha contato com quem não vale. Mas nunca se esqueça que o mundo dá voltas e que a pessoa que um dia vc “descartou” é uma das poucas pessoas que poderá ajuda-lo a se levantar qdo cair.
-Não deixe de pensar na morte, ela que vai encorajar vc a se arriscar mais. Também não troque o que vc mais quer na vida por aquilo que vc quer no momento, pq o momento passa bem mais rápido.
- Cuidado com falsas aparências. Há pessoas que dizem algo e depois se comportam completamente diferente na sua ausencia. Não tenha raiva, apenas cuidado, e pena dessas pessoas vazias. Lembre-se sempre de que na vida, o que a gente planta, a gente colhe. Eu estou tentando plantar apenas flores.
-Um detalhe muito importante: Olhe nos olhos das pessoas, apenas nos olhos. E voce saberá o que se passa dentro dela.
-Ah, e por ultimo.. não perca tempo com dietas loucas. Nem pra engordar, nem pra emagrecer. Faça academia se gostar, mas não se esqueça que no final da sua vida, o que menos terá importância é sua boa aparência física (mesmo pq ela já nem será tão boa). Ela sempre vai embora enquanto o caráter e suas boas açoes permanecem. Seja essência!

Acho que ainda tenho muito o que aprender, tô aqui pra evoluir. Dá até medo! Mas não posso me esquecer que ainda tenho sonhos para realizar, missões a cumprir. Pode-se cair centenas de vezes, mas cada queda deverá ser um impulso para se por novamente de pé. E se eu já cheguei até aqui, é porque o que nao me mata, me fortalece!

“O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas/ Olhando para a direita e para a esquerda,/ E de vez em quando olhando para trás...”. :)

Feliz aniversário pra mim, uhul. [:)]'

sábado, abril 24

nostalgia, seria saudade conformada?




As pessoas sempre confundem os sentimentos de nostalgia e saudade, pensam que é a mesma coisa. Não é. Nostalgia dói mais que saudade, mais que bater com a porta nos dedos, mais que cólica de rim. Nostalgia é como o fim do dia: a única saída é se conformar, já foi. Saudade a gente aguenta, inquietamente, e logo a gente cura.
Saudade a gente sente quando entra em um ônibus para ir embora, saudade da pessoa amada que fica, mas sabe que vai voltar a vê-la. Nostalgia é quando após alguns anos, você se lembra desse momento, que às vezes até se repete, mas não é a mesma coisa...
Saudade é quando o ser amado foi embora, mas o amor ainda ficou. Nostalgia é quando o amor também se foi...
Saudade a gente sente quando deixa os pais em casa e vai morar sozinho, em qualquer canto desse mundo. Nostalgia é quando a gente lembra de quando eles jogavam bola ou brincavam de boneca com a gente...
A gente sente saudade da vovó, que mora longe e cada vez que a visitamos ela aparece com um monte de comidas gostosas. Nostalgia é quando já não se tem a vovó, mas ainda sentimos o gostinho das guloseimas que ela fazia...
Saudade a gente tem de um amigo que se mudou para outra cidade ou país. Nostalgia é o que sentimos ao lembrar das brincadeiras de quando éramos crianças, e saber que agora quem brincam são seus filhos...
A gente sente saudade da nossa casa quando viaja e fica um tempo fora. E nostalgia quando a gente lembra de tudo o que viveu ali, na casa agora abandonada...
Saudade a gente pode ter de um brinquedo, de andar de bicicleta. Nostalgia é o que sentimos quando nos lembramos de como era simples e feliz ?nossa infância...
Temos saudade de sentar na varanda à tarde com nosso avô e ficar jogando conversa fora. E nostalgia quando o avô se vai, anoitece, e esse momento não se repete mais.
Sentimos saudade dos nossos cachorros quando passamos um fim de semana fora. Nostalgia, quando lembramos deles pulando na gente, mas só vemos a casinha que está vazia.
Saudade é um sentimento urgente, nostalgia não tem solução: a gente só se conforma. Saudade é a ausência provisória de alguém, nostalgia é a ausência eterna de um momento.
“Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença” – dizia Lispector. Então, nostalgia é quando toda a comida cessou...

sábado, abril 17

o cantinho.




'Dentro de cada pessoa tem um cantinho escondido. decorado de saudade. Um lugar pro coração pousar. Um endereço que freqüente sem morar, ali na esquina do sonho com a razão. No centro do peito, no largo da ilusão. Coração não tem barreira, não. Desce a ladeira, perde o freio devagar. Eu quero ver cachoeira desabar. Montanha, roleta russa, felicidade. Posso me perder pela cidade, fazer o circo pegar fogo de verdade, mas tenho meu canto cativo pra voltar. Eu posso até mudar, mas onde quer que eu vá o meu cantinho há de ir dentro... '

terça-feira, abril 6

Costumava ter em cima da sua cama uma placa escrita: ISSO TAMBÉM PASSA!


Então perguntaram a ela o porquê disso.. Ela disse que era para que quando estivesse passando por momentos dificeis, se lembrar de que eles iriam embora, iriam passar e que ela estava vivendo isso só por algum motivo. Mas essa placa também era para lembra-la de que quando estivesse muito feliz, não deveria deixar tudo para trás e se deixar levar, porque esses momentos também iriam passar e momentos dificeis viriam novamente. É exatamente disso que a vida é feita, MOMENTOS. Momentos que temos que passar, sendo bons ou não, para o nossa própria aprendizagem nunca esquecendo do mais importante: Nada nessa vida é por acaso! :)

sexta-feira, abril 2

Nossa eterna insatisfação nos leva aonde exatamente?

Casados reclamam porque a aliança pesa; namorados, porque não vêem mais os amigos; solteiros, porque não têm de quem receber o último telefonema do dia. Jovens são revoltados por não poderem fazer nada do que querem; velhos, por não conseguirem. Chefes se estressam porque vivem sob pressão e subordinados vivem estressados por causa dos chefes. Nunca estamos satisfeitos. Por mais azul que o céu esteja, sempre achamos - lááá longe - uma nuvem que virá, sabemos que virá, e cobrirá o nosso sol. E, mesmo sob 40 graus, passamos a sentir frio. "Nada mais insuportável do que muitos dias de felicidade contínua" (Oscar Wilde). É bizarro mas real. Não suportamos a felicidade por muito tempo; tudo fica fácil demais, tranqüilo, calmo e desde crianças aprendemos que, se algo vale a pena, precisa ser árduo, trabalhoso, hercúleo (e quanta deprê nos rende essa teoria patética). A ridícula verdade é que não sabemos lidar com a alegria - a praia eternamente ensolarada vira um tédio. E então avistamos (ou criamos, não importa) a nuvem.
Li, não lembro onde, que "a vida nos pareceria subitamente maravilhosa se estivéssemos ameaçados de morrer - então declararíamos nosso amor, viajaríamos à Índia, realizaríamos nossos sonhos. E caso o cataclismo não acontecesse, voltaríamos ao cotidiano, no qual a negligência supera o desejo". (A negligência supera o desejo - preste atenção nisso, sempre). Nossa eterna insatisfação, em vez de servir de impulso para nos levar a algum lugar melhor, vira uma âncora, agravando a sensação de impotência, nos entregando à inércia. Então sucumbimos à preguiça. Passamos a achar que o normal é estarmos "meia-boca" (não estamos felizes, é certo, mas por que razão haveríamos de ficar mais tristes?). E daí, quando alguém aparece sorrindo além do previsto por lei, surtamos. Por que ele ri e nós não? Por que tantos dentes? Cadê a graça? Viu passarinho verde?
É divertido observar a irritação de alguns perante a alegria alheia. Olham para aquilo como se estivessem presenciando a metamorfose do lobisomem de Joanópolis. Quando alguém parece estar contente (e está), nossa primeira reação é nos compadecermos pela ingenuidade da criatura sorridente, como se estupidez fosse premissa pra felicidade, e gentileza, atributo de lobotomizados ou doentes mentais. Nos é tão incutido o conceito de que os deprimidos, românticos incompreendidos, é que são geniais (toda aquela profundidade de sentimentos, cenho franzido, etc. e tal) que tendemos a encarar pessoas alegres como serezinhos sem sal, agüinha morna que nem chá dá pra fazer... Sai de mim! Se for assim, o Prozac será o responsável pela não-existência de grandes artistas pelo resto das eras. E eu me alegrarei de ser absolutamente medíocre e saltitante.
Não vejo nada errado em nunca estarmos satisfeitos, em desejarmos (há muitos anos alguém me disse que desejos são como cavalos: não são eles que decidem para onde vamos, mas com eles vamos mais rápido). O problema reside em ficarmos nos culpando por nunca estarmos completamente felizes ou acharmos poético arrastar as meias pela casa. O fato é que "algo sempre nos falta - o que chamamos de Deus, o que chamamos de amor, saúde, dinheiro, esperança ou paz. Para seu próprio bem, guarde esse recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo" (Caio Fernando Abreu). Daí, sim, poderemos ser felizes. No início, quando der. E um dia, quem sabe, a maior parte do tempo.