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segunda-feira, maio 2

Deixa eu te contar

Achei que jamais seria capaz de sentir aquelas sensações que ele transmitia à mim. As quais trouxe-me de volta a vida. Eram intensas demais. Naquele rapaz, construí meus sonhos - como as crianças constroem em heróis, mas afinal… Ele era o meu até aquele momento. Dei início a auto-ilusão. Eu tive medo, pois sabia que em breve soltaria minha mão, e eu cairia de novo; perderia tudo que trouxe de volta para mim. Tudo que construiu naquele curto tempo que estávamos tão próximos; até mesmo a vida. Não da forma que imaginam. Não como “o fim da vida”. Mas refiro-me de uma forma intensamente dolorosa ao ponto de oculta-la. E voltar para onde eu estava; aquele lugar onde passei século incapaz de poder enxergar uma luz. Algo poderoso o suficiente para me retirar dali. Até tu chegar. Foste minha luz. Mas… Apesar de tudo, entreguei-me. E aconteceu, em um deslize; eu caí. Tudo se apagou.” Disse a pequena garota deitado abaixo de uma árvore seca; morta. As palavras escapavam como um sussurro, de uma forma falhada e quase inaudível. Algumas mechas do cabelo negro caiam sob o rosto pálido enquanto movimentavam-se lerdamente devido aos ventos que entravam em contato com o corpo. Novamente, ela sussurrou. – “E caso ele realmente não venha me tirar daqui; da escuridão - outra vez. Peço que avise-me, talvez eu possa me tornar algo tão intenso quanto uma “luz”, a qual lhe traria proteção. Mas sim, algo desconhecido; oculto. Talvez assim eu estaria perto dele nos momentos de sorrisos ou choros; transmitiria tranquilidade e proteção de uma forma que humano algum seria capaz de entender. Eu estaria ali, mas ele não seria capaz de me enxergar; ouvir ou sentir.” A neve caia sob o corpo da menina, principalmente no rosto pálido; gélido. Ela desejava estar completamente só - ou quase. Não queria ninguém há sua volta. Sem toques ou vozes. Apenas a voz daquele rapaz seria capaz de traze-la de volta, agora. A voz era como uma melodia para a garota. A voz era como uma melodia para a menina. E as últimas palavras dela escapavam de uma forma suave; doce, dos lábios sem cor; ressecados e entreabertos. – “Estarei aqui nesse lugar; paralisada. Perdida no tempo. E a tua espera; para a eternidade caso seja necessário.” Ela fechou as pálpebras vagarosamente, e toda aquela claridade ao seu redor devido a neblina, tornou-se escuridão.“Caso não volte, avise-me. Seja por um sinal, ou aqui, onde estou agora. Venha dizer adeus. Assim, poderei me tornar tua luz. Tua proteção. E o mais importante; lhe salvaria. Não o deixaria cair. Nunca. Mas, ainda é tempo. Tempo de salvar o coração quieto; que bate fracamente no interior da garota.” As mãos trazendo o frágil corpo para seus braços; Acolhendo-a, trazendo proteção & segurança o salvará. Teu beijo o despertará do sono profundo. O pequeno coração dentro da menina seria salvo. Estava morta apenas de fingimento. Tu era o único que poderia salva-la – novamente. Ainda é tempo. Desperte-a. Trazendo de volta para sua vida.