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sexta-feira, janeiro 22

mas essas lagrimas ..

Não era a primeira vez que ia dormir triste. Para falar a verdade, já estava se tornando, quase um hábito, o de dormir entre lágrimas. Não era um choro desesperado, mas era choro de saudade, daquela que logo vai acabar, mas enquanto não acaba, é saciado com as lágrimas. Naquela noite, foi diferente. Não eram apenas lágrimas, mas era um choro desesperado. Daqueles que se tem que procurar o ar, para não sufocar. Era choro angustiado, sofrido. Choro de quem sente dor. E não sabe como fazer parar.

Desligou as luzes da casa e foi até o quarto. Antes de começar o banho, começou a chorar. Não sabia o motivo, ao certo, mas não conseguia parar. Tomou um banho lento, mas sempre entre as lágrimas. Por vários momentos tentou se acalmar, mas não conseguia. Não sabia de onde viera àquela dor, e por isso, não conseguia fazer parar. Durante alguns minutos, sentiu-se mais calma. Colocou a roupa de dormir e, no escuro, foi deitar. Mas enquanto olhava aquele teto escuro, sentiu a solidão lhe abraçar. O choro voltou.

Em parte era pela solidão. Em parte, ainda pelo motivo desconhecido. Era aquela angústia. Aquela mesma dor. Queria uma explicação. Queria entender. Mas só conseguia chorar. Abriu a gaveta ao lado da cama, pegou o iPod e começou a ouvir músicas. Chorou mais forte ao ouvir Brian Adams cantando que, quando você ama alguém, as suas noites de sono estão apenas começando. Seria aquele choro, algo relacionado ao amor que sentia? Não sabia. Não conseguia saber. Aquela angustia aumentava pelo desconhecido.

Depois de algumas músicas, desligou o pequeno aparelho. Colocou novamente na gaveta. Não custou muito a dormir. Dormiu como uma criança. Tarde da manhã, acordou com os olhos inchados e a cabeça pesada. Queria que tudo estivesse melhor. Mesmo não sabendo o que não estava bem. Mas não saber era o mais angustiante.

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